O obituário do "Homem-aranha" que lutou contra o criminoso Cancro
Era um fim esperado há alguns anos e nunca escondido. Aaron Purmort tinha um tumor no cérebro e se ainda houve uma fase, breve, em que houve esperança de o ter vencido, já há algum tempo que sabia que nada evitaria a morte. Mas para este diretor de arte e para a sua mulher (que se conheceram menos de um ano antes do diagnóstico) a doença serviu de mote para partilhar a experiência das suas vidas através do blog myhusbandstumor.com (tradução: o tumor do meu marido).
"Isto não é uma história de cancro, é uma história de amor. Com algum cancro", lê-se no blog. Para mostrar porque razão era chamado a "pessoa mais divertida numa festa", Purmort escreveu o seu obituário com muito humor, confessando ser o Homem-aranha e que a sua primeira mulher foi a cantora Gwen Stefani. Lê-se no texto publicado no Star Tribune, jornal de Minneapolis, que Purmort "morreu pacificamente na sua casa a 25 de novembro por complicações devido a uma mordidela de uma aranha radioativa que o levou a anos de luta contra o crime e anos de uma batalha contra um criminoso nefasto chamado Cancro, que tem assolado a nossa sociedade durante demasiado tempo. Os civis conheciam-no melhor como Homem-aranha".
Aaron Purmort e Nora tiveram um filho, Ralph, e um amigo do casal lançou, antes da morte de Aaron, uma campanha de crowdfunding. O objetivo era angariar cem mil dólares para ajudar com os custos médicos e para a educação do filho. Ainda faltam 25 dias para a campanha finalizar e o valor já foi ultrapassado.